domingo, 13 de setembro de 2009

Estro de uma noite I

Era noite, chovia quente-frio lá fora e eu ardia em êxtase de pecador confesso. Os vidros embaçaram-se no contraste frio e quente onde nos encontrávamos, o gosto era intenso e eu só me fazia de não-querer o querê-lo dentro de mim naquele cubículo extremamente apertado que nessa noite tornou-se aconchegante...
Em minhas mãos ainda o sinto, o peito quente, o coração que pulsava desenfreado e aqueles pêlos macios onde minhas unhas desenhavam paisagens em cinza, branco e preto.
E ele se foi, deixando em mim apenas saudades e a incapacidade de aproveitar mais do que deveria.

2 comentários:

Mestre Jedi disse...

and...hehehe...parabéns linda...cada vez melhor...sintonia, palavras intensas e nada de monótono, o essencial para algo relevante...Beijo

Fernanda Schimanski disse...

Pra quem não entender o título.

Estro:
(latim oestrus, -i, tavão; fúria poética)

1. Inspiração ou entusiasmo poético ou artístico.
2. Riqueza de imaginação.