sábado, 30 de outubro de 2010

A tempestade

Ele vem nervoso,voraz como os ventos de uma tempestade
sua presença sombria me envolve como ar.
Cada pedaço de mim é dominado por esse caos intempestivo
e ao mesmo tempo tão desejado...
Nessas noites a lua se esconde como uma menina casta,
amedrontada na sua primeira vez com um homem.
Minha pele pálida em contraste com a imensidão negro-azulada do céu
meus medos e meus desejos se confundem, se fundem
queria fugir mas não há pra onde ir.
E ele uiva lá fora, uiva de sede... e assobia, assobia de prazer
a noite não é estrelada, é a noite da emboscada.
As cortinas se debatem, se levantam, é ele quem chegou
com ele vem um pavor, um ardor que me faz transpirar.

2 comentários:

Moska de Bar disse...

Nossos últimos posts abordando de alguma forma as tempestades. De alguma forma, o céu nunca é tão azul. Sedutor, sempre!
Gostei!
Beijo

Alisson da Hora disse...

tempestades dentro de nós...